Aumento médio de 14,97% para clientes residenciais foi aprovado pela Aneel nesta terça-feira (5) e vai entrar em vigor na sexta-feira (8).

Fonte: G1 – EPTV2 – 05/04/2022 20h25

O economista Adnan Jebailey disse nesta terça-feira (5) que o aumento na tarifa de energia para clientes da CPFL Paulista deve ter maior impacto no preço dos produtos de saúde, higiene e limpeza na região de Ribeirão Preto (SP).

Nesta terça, o aumento médio de 14,97% foi autorizado pela diretoria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os novos valores entram em vigor na sexta-feira (8).

O reajuste foi de 16,42% para alta tensão, 14,24% para baixa tensão e 13,93% para clientes residenciais.

“Aqueles que mais devem subir já nos próximos meses por conta do aumento da energia elétrica devem ser o de saúde, higiene e limpeza, porque tem um preço de produção baixo e, com esse aumento da energia elétrica para o processo produtivo que organiza esses produtos, vai fatalmente haver um aumento nos próximos meses”.

Segundo a CPFL paulista, que atende 234 cidades no interior de São Paulo, para o reajuste, a Aneel considera os custos da compra de energia, transmissão e distribuição, além de encargos setoriais.

Segundo a empresa, nos últimos 11 anos, a variação da tarifa ficou abaixo do Índice Geral de Preço-Mercado (IGP-M) do período.

“Os principais fatores que levaram a esse resultado foram o aumento dos custos que não são gerenciáveis pela distribuidora, principalmente decorrentes da crise hídrica vivida pelo país no segundo semestre de 2021, que exigiu uso de fontes de energia mais caras, como termoelétricas, cujos custos não foram cobertos, além de aumento dos encargos setoriais previstos em lei e repassados diretamente pelas distribuidoras”, informou a empresa em nota.

Segundo a CPFL Paulista, a partir de maio é esperado o fim da bandeira de escassez hídrica por conta da melhora dos níveis do reservatório, o que pode impactar na redução na conta.

Mais impactos

O economista inda explica que os gastos com energia ocupam até 5% do orçamento de famílias de baixa renda. Ele também afirma que, além dos setores de saúde, limpeza e higiene, o impacto do reajuste deve ser sentido em toda a cadeia produtiva.

“Nesse caso específico, a energia elétrica tem um impacto muito grande nas famílias não só pelo preço da conta da energia elétrica, mas também pelo aumento dos produtos, porque toda produção utiliza energia elétrica. Tem aumento dos preços. Quando a gente está falando desse aumento de quase 14% a gente está falando de um reflexo da inflação. A inflação não só atinge naquele momento, no aumento contínuo de preços, mas acaba causando malefícios pros anos subsequentes”.

A Novabrico entende que a solução para o consumidor é produzir a própria energia, com sistemas fotovoltaicos, para que possa ficar livre desses altos custos com energia elétrica.

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